Caídos num mundo aquático, movem-se como pela primeira vez numa atmosfera densa e transparente. Adivinha-se um confiante sufoco, sucedido por movimentos impossíveis de concretizar, uma mobilidade reinventada numa coreografia que corta a respiração. Confrontados com a ideia de medo, a água é o elemento de maior assombro. Submersos, na agitada ilusão do tempo, os corpos nadam tesos e ternos de uma única vontade respirar a sua liberdade.